Vitamina D: Como combater a deficiência?

A Vitamina D é sintetizada no corpo durante a exposição solar. Baixos níveis podem provocar problemas nos ossos e no sistema cardiovascular. Entenda os sintomas, como diagnosticá-la e os possíveis tratamentos.

A deficiência de vitamina D está relacionada com o aumento do risco de infecções, doenças autoimunes, cancro e problemas cardiovasculares. De acordo com o American Journal of Clinical Nutrition, mais de 1 bilhão de cidadãos sofrem de deficiência ou insuficiência de vitamina D, pelo que é importante adotar estratégias para prevenir estes problemas.

Do sol à saúde: O impacto positivo da Vitamina D

• Promove a saúde óssea: é essencial para manter a saúde dos ossos. Ajuda a aumentar a densidade óssea e a reduzir o risco de osteoporose, especialmente em idosos;

• Fortalece o sistema imunológico: é uma vitamina que ajuda a fortalecer as defesas naturais do corpo, contra doenças e infecções;

• Ajuda a saúde cardiovascular: pode desempenhar funções fundamentais na saúde cardiovascular, ajudando a reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames;

• Aumenta o desenvolvimento cerebral: estimula o crescimento neural e modulador do cérebro, ajudando a regular as funções cerebrais.

O corpo em alerta: O que a falta de Vitamina D revela

• Cansaço excessivo e fraqueza muscular;

• Desconforto nos ossos e articulações;

• Alterações no humor, como episódios de depressão;

• Perda de densidade óssea;

• Maior sensação de sonolência;

• Maior frequência de infeções respiratórias;

• Enfraquecimento do sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade a doenças;

• Dificuldades no crescimento de crianças;

• Declínio das funções cognitivas em idosos.

Os inimigos secretos da Vitamina D

• Falta de exposição solar;

• Alimentação com baixos níveis de vitamina D: Embora seja possível obter a vitamina D através da alimentação, muitos alimentos não fornecem quantidades significativas dessa vitamina;

• Problemas na absorção intestinal: Algumas condições médicas, como doenças inflamatórias intestinais, doença celíaca e cirurgias bariátricas, podem comprometer a capacidade do intestino, ao nível da absorção de nutrientes, incluindo a vitamina D;

• Doenças renais: Pacientes com problemas renais podem ter dificuldades em converter a vitamina D na sua forma ativa, o que pode resultar na sua carência no organismo;

• Uso de medicamentos: Os medicamentos, como corticosteroides, podem afetar a absorção e o metabolismo da vitamina D, contribuindo para a sua deficiência.

De volta à vitalidade: Como conquistar os níveis ideais de Vitamina D

A vitamina D é crucial para garantir que o cálcio é absorvido, corretamente, no intestino. Sem os níveis adequados dessa vitamina, o corpo não consegue aproveitar o cálcio dos alimentos da maneira correta, provocando condições médicas graves, como a osteoporose e o aumento do risco de fraturas ósseas.

O diagnóstico da falta de vitamina D pode ser feito através de um exame de sangue que mede os níveis de 25-hidroxi-vitamina D, a forma de vitamina D que circula no sangue e o principal indicador da vitamina D no organismo. Este exame pode ser solicitado por um médico e é importante que seja realizado de forma adequada, de modo que o resultado seja interpretado corretamente pelo profissional de saúde.

Parte dos especialistas concorda que o nível de vitamina D, que circula no sangue, deve ser mantido acima de 20 ng/mL para garantir uma saúde óssea adequada e reduzir o risco de doenças crónicas. Outros especialistas consideram que os grupos com tendência a ter mais carência da vitamina, no organismo, devem ter níveis entre 30 e 60 ng/ml.

No que diz respeito à alimentação, é fundamental incluir alimentos ricos em vitamina D, como peixes gordurosos (salmão, sardinha, atum), ovos, cogumelos e produtos lácteos fortificados com vitamina D.

A exposição solar pode ajudar a combater a deficiência de vitamina D, já que a luz solar é uma das principais fontes dessa vitamina para o corpo. Quando a pele recebe a luz solar, o organismo produz vitamina D3 a partir do colesterol presente na pele.

A quantidade de vitamina D originada, pelo corpo, depende de vários fatores, nomeadamente o horário do dia, a estação do ano, a localização geográfica, o tom de pele e a área da pele exposta ao sol. É importante lembrar que a exposição solar excessiva e sem proteção pode aumentar o risco de câncer de pele e causar outros problemas de saúde.

A suplementação de vitamina D costuma ser indicada por médicos para garantir níveis adequados dessa vitamina no corpo. A dosagem e a duração do tratamento variam conforme a gravidade da deficiência, a idade, a saúde geral e outros fatores individuais.

Vale ressaltar que o uso excessivo de suplementos de vitamina D pode ser prejudicial à saúde, especialmente em doses elevadas, podendo causar hipervitaminose D. Portanto, é essencial seguir sempre a orientação médica.